O espetáculo, uma realização do Grupo Trapos e Cia., é adaptação da peça dramática alegórica escrita no século XVI pelo português Gil Vicente para o contexto do teatro contemporâneo e da sociedade brasileira. Com direção de Solange Simões, que também assina a adaptação do texto, a releitura apropria-se das características da histórica relação entre o Teatro Renascentista de Portugal (peças dramáticas de Gil Vicente) com a Literatura de Cordel do Nordeste brasileiro para mostrar cenicamente a diversidade cultural e a critica social em diversos aspectos: religiosa, social, de crenças, de linguagem, de gênero, de tradição e de moralidade.
De gênero satírico, o espetáculo utiliza o riso, o gracejo e a poesia com intenção crítica de promover reflexões sobre os comportamentos e a corrupção humana. Cinco séculos depois da primeira encenação, além de exibir em cena a refinada comicidade do teatro gil vicentino e a sátira social, o espetáculo é atual, mostra características do teatro popular nordestino, expressões da diversidade cultural, a cultura imaterial baiana, ações da sociedade contemporânea, como o conceito de sustentabilidade .
Com estreia em 17 de
outubro de 2012 no Teatro SESC/SENAC Pelourinho, na encenação do
espetáculo estão: Lázaro
Machado, como protagonista que interpreta o "Diabo", Clóvis Oliveiras que representa o "Anjo" e o
"Pastor". Além de Ângela
Daltro, Leny Schneiberg, Man Ribeiro, Marcelo Teixeira, Ronildo Carvalho e Vera
Mello, que interpretam vários personagens caracterizados a partir de
observação de tipos socais oriundos da nossa sociedade. O cenário tem
concepção de Edy Ribeiro e o vídeo cenográfico de Evando César.
Foto¹
arquivo Trapos e Cia.: João Pereira dos Santos
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