- SOBRE A ADAPTAÇÃO DO TEXTO
Optei pela
montagem da peça dramática AUTO
DA BARCA DO INFERNO pela atualidade da temática do teatro
vicentino e pelo caráter universal da sua obra literária. Ao descobrir que inicialmente a literatura de cordel também continha peças de teatro, como as de autoria de Gil Vicente. Observei
a histórica relação entre os Autos escritos por Gil Vicente
(introdução do teatro Renascentista em Portugal) e a Literatura de
Cordel do Nordeste brasileiro, que oriunda de Portugal, começa com o
romanceiro do Renascimento e chega ao Brasil no balaio dos colonizadores
portugueses, instalando-se na Bahia e mais precisamente em Salvador. Percebi
os benefícios da obra vicentina para ampliar os conhecimentos: artístico, literário, estético, social, antropológico e histórico, como, a importância significativa da obra para o fortalecimento
da identidade plural artística e sócio – cultural local. Acredito
que a realização desse projeto se justifica pela proeminência do seu
caráter temático. Na Bahia, predominam modos distintos de expressões
culturais e matrizes da diversidade cultural brasileira. A releitura
cênica da obra literária gil vicentina mostra a multiplicidade de elementos
da cultura imaterial do povo baiano, seus costumes,
representações simbólicas, formas de expressões, comportamentos sociais, modos de falar regionais, jeitos de vestir, o cotidiano e a linguagem estética e simbólica da sociedade. (Solange Simões)
* Solange Simões atua a mais de 20 anos na área cultural e 15 anos com atuação e pesquisa em Artes Cênicas com o Grupo Trapos e Cia. Formada em pedagogia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), é Especialista em Arte, Educação e Tecnologias Contemporânea pela Universidade de Brasília (UNB).
BELO ESPETÁCULO!!!
ResponderExcluirSolange Simões (e elenco) Estão de parabéns!
Ângela Daltro , Lenny, Cloóvis e todos ADOOOORO.
$UCE$$000 a todos!
Abraços