sábado, 4 de abril de 2015

NOVA TEMPORADA


O Grupo Trapos e Cia. apresenta de 09 a 30 de maio de 2015 (aos sábados) nova temporada do espetáculo AUTO DA BARCA DO INFERNO”, às 20 h,  na Casa 14 (anexo Teatro 18) - Pelourinho.    De gênero cômico satírico, o espetáculo põe em cena a refinada comicidade do teatro vicentino, onde a sátira social, a estética popular e a caricatura da realidade vivida compõem o desenrolar das cenas. Utiliza o humor satírico, o processo cômico e gracejo  para mostrar cenicamente a corrupção humana em diversos aspectos: religiosa, social e  política, o conflito, os comportamentos de tipos sociais e os valores historicamente construídos.
    A encenação sob direção de Solange Simões (que também faz a adaptação do texto), inova o conceito cênico da estética do auto gil – vicentino, recria a poesia do teatro medieval renascentista, articulando a linguagem clássica do português arcaico a linguagem coloquial do cotidiano vivido, faz uma leitura sociológica contextualizada do texto, associando-o ao âmbito sociocultural da sociedade brasileira. A montagem  dialoga com a atualidade, com a cenografia projetiva - a interação do teatro popular com as tecnologias contemporâneas - o vídeo cenográfico de autoria de Cesinha ( “Comédia 7 Conto” do ator Luis Miranda) exibe imagens e efeitos visuais, temporalização, cenas urbanas e ativistas humanistas e ambientalistas oriundos da nossa sociedade que representam os cavaleiros do texto original. O cenário, concepção de Edy Ribeiro (Cenógrafo do “Concerto Pérolas Mistas” - projeto idealizado por Carlinhos Brown), os dois barcos artesanais em escultura tridimensional, confeccionada com material reciclado, dialoga com o conceito de Arte Artesanal - Arte Sustentável.
   Com atuação de artistas veteranos, o espetáculo “AUTO DA BARCA DO INFERNO”, tem como protagonistas os atores Lázaro Machado (das minisséries da TV Globo  “Ó Paí Ó” e “Pedra do Reino”), que representa o “Diabo” e Clovis Oliveiras (Feministas de Muzenza) como “Anjo”.  Além de Ângela Daltro, Leny Schneiberg, Man Ribeiro, Ronildo Carvalho, Vera Mello e Than Galdino. Mostra a identidade e a diversidade cultural do Nordeste, através da riqueza estética cênica musical do teatro popular, levando em consideração o nosso patrimônio cultural (sua característica histórica, as matrizes das manifestações populares, as expressões, as crenças, os gestos, as formas cênicas, os ritmos, as linguagens, os gêneros, a tradição, a moralidade e a literatura popular, com a relação do auto vicentino com a literatura de cordel).   Com classificação de 12 anos, o espetáculo atende ao interesse cultural de público diferenciado de todas as demandas socais. Com objetivo de propor uma ação  dialógica e reflexão para construção de uma Nova Cultura.