O Grupo Trapos e Cia. apresenta de 09 a 30 de maio de 2015 (aos
sábados) nova temporada do espetáculo “AUTO DA BARCA DO INFERNO”, às 20 h, na Casa
14 (anexo Teatro 18) - Pelourinho. De gênero cômico satírico, o espetáculo põe
em cena a refinada comicidade do teatro vicentino, onde a sátira social, a
estética popular e a caricatura da realidade vivida compõem o desenrolar das
cenas. Utiliza o humor satírico, o processo
cômico e gracejo para mostrar
cenicamente a corrupção humana em diversos aspectos: religiosa, social
e política, o conflito, os comportamentos de tipos sociais e os valores historicamente
construídos.
A encenação sob direção de Solange Simões (que também faz a
adaptação do texto),
inova o conceito cênico da estética do auto gil – vicentino, recria a poesia do teatro medieval renascentista, articulando
a linguagem clássica do português arcaico a linguagem coloquial do cotidiano
vivido, faz uma leitura sociológica contextualizada do texto, associando-o
ao âmbito sociocultural da sociedade brasileira. A montagem dialoga com a atualidade, com a cenografia
projetiva - a interação do teatro popular com as tecnologias contemporâneas - o
vídeo cenográfico de autoria de Cesinha
( “Comédia 7 Conto” do ator Luis Miranda) exibe imagens e efeitos
visuais, temporalização, cenas urbanas e ativistas humanistas e ambientalistas
oriundos da nossa sociedade que representam os cavaleiros do texto original. O cenário, concepção de Edy Ribeiro (Cenógrafo do “Concerto Pérolas Mistas” -
projeto idealizado por Carlinhos Brown), os dois barcos artesanais em escultura
tridimensional, confeccionada com material reciclado, dialoga com o conceito de
Arte Artesanal - Arte Sustentável.
Com atuação
de artistas veteranos, o espetáculo “AUTO DA BARCA DO INFERNO”, tem
como protagonistas os atores Lázaro
Machado (das minisséries da TV
Globo “Ó Paí Ó” e “Pedra do Reino”),
que representa o “Diabo” e Clovis
Oliveiras (Feministas de Muzenza)
como “Anjo”. Além
de Ângela Daltro, Leny Schneiberg, Man
Ribeiro, Ronildo Carvalho, Vera Mello
e Than Galdino. Mostra a identidade e a
diversidade cultural do Nordeste, através da riqueza estética cênica musical do
teatro popular, levando em consideração o nosso patrimônio cultural (sua
característica histórica, as matrizes das manifestações populares, as
expressões, as crenças, os gestos, as formas
cênicas, os ritmos, as linguagens, os gêneros, a
tradição, a moralidade e a literatura popular, com a relação do auto
vicentino com a literatura de cordel). Com classificação de 12 anos, o espetáculo atende ao interesse cultural de público diferenciado de
todas as demandas socais. Com
objetivo de propor uma ação dialógica e
reflexão para construção de uma Nova Cultura.